A curva loxodrómica
Na época dos Descobrimentos, o matemático Pedro Nunes descobriu que as rotas de navegação que mantêm o percurso de um navio num rumo constante, intersectando todos os meridianos segundo o mesmo ângulo, determinam um tipo de curva, que ficou conhecida por curva loxodrómica*.
Desde essa época que se sabe que um percurso mantendo um ângulo constante em relação aos meridianos não é, em geral, o caminho mais curto, pois não é um arco de círculo máximo (curva na esfera que minimiza a distância entre dois pontos - para mais pormenores pode consultar a página do Atractor dedicada à Geometria Esférica). Se os descobridores portugueses quisessem seguir um círculo máximo, de forma a obter o caminho mais curto entre dois locais do planeta, teriam que estar continuamente a avaliar e a modificar o ângulo de navegação, tarefa essa que era impraticável em alto mar naquela época. Portanto, a maneira mais simples de navegar era mantendo o ângulo constante. (Randles, 1989 [1]).