Podemos
utilizar um espelho para verificar se uma recta é ou não um eixo
de simetria para uma determinada figura, colocando-o ao longo da
recta em questão, perpendicularmente ao plano da figura: se a recta
é um eixo de simetria, como na figura 1, então a metade da figura,
juntamente com a imagem reflectida, reconstrói uma figura idêntica
à inicial (ver figura 2), caso contrário, tal não se verifica.
E,
conforme podemos observar nas imagens 3 e 4, isto pode efectivamente
não acontecer mesmo que a recta em questão divida a figura em duas
partes iguais.
Mas
o que acontece se utilizarmos dois espelhos? Imaginemos por exemplo,
que introduzimos um p entre dois espelhos paralelos (a região
entre os dois espelhos está representada na figura abaixo
a amarelo): podemos então observar uma série de imagens que
se repetem ao longo de uma linha, alternando imagens do p com imagens
do q.
Nota:
Para manipular a letra P, clique sobre a imagem
Se
efectuarmos primeiro uma reflexão em relação a uma recta e depois
uma outra reflexão em relação a uma outra recta, paralela à primeira,
o efeito obtido corresponde ao de uma translação, numa direcção
perpendicular às duas rectas e deslocamento igual ao dobro da distância
entre essas duas rectas.
Qualquer
reflexão troca a direita com a esquerda: de facto, a imagem no espelho
de um p, que tem a perna à esquerda, é um q, com a perna à direita.
Uma translação, pelo contrário, equivale a duas reflexões, logo...
a perna do p mantém-se no seu devido lugar.
E
se os eixos não forem rectas paralelas mas sim concorrentes?
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