Volta à página de entrada
  De um ponto de vista matemático, os referidos poliedros foram estudados pela primeira vez por volta do ano 1600 pelo cientista alemão Kepler (1571-1630), mas eram já desde há muito tempo conhecidos: o pequeno dodecaedro estrelado, por exemplo, encontra-se representado no pavimento da basílica de São Marcos, em Veneza, num embutido em mármore de 1420, atribuído a Paolo Uccello.
Os que acabamos de descrever são os únicos poliedros regulares que têm como faces polígonos estrelados, mas não são os únicos poliedros regulares estrelados: é possível construir outros, cujas faces são polígonos regulares comuns, mas que “se intersectam” entre si, ou seja, podem ter em comum segmentos que não são lados das faces, da mesma forma que os lados de um polígono estrelado podem ter em comum pontos que não são vértices. 
 
grande dodecaedro
grande icosaedro

Nota: se clicar na primeira figura do quadro acima, obterá o sólido representado em tamanho maior e tem, por exemplo, a possibilidade de o pôr a "rodar" no espaço (arrastando-o com o rato) ou de o abrir (utilizando o botão direito do rato). Em caso de dúvida consulte ajuda.

No início do século XIX, o físico matemático Louis Poinsot (1777-1859) descobriu dois poliedros regulares estrelados deste tipo, o grande dodecaedro e o grande icosaedro, obtidos respectivamente com doze pentágonos e com vinte triângulos, que se encontram cinco a cinco em cada vértice, no sentido em que, perto de cada vértice, o poliedro tem a forma de uma pirâmide, cuja base é um pentagrama. Estes encontram-se representados no desenho acima (também neste caso as áreas coloridas constituem a parte visível de uma das faces). Poucos anos depois, o matemático francês Augustin Cauchy (1789-1857) encerrou este assunto, mostrando que não existem mais poliedros regulares estrelados. 

Texto original (italiano): por Emma Frigerio