Para mim, o simples acto de atar um nó é uma aventura num espaço ilimitado. Um pedaço de fio fornece uma latitude dimensional que é única entre as entidades. Porque um fio simples é um objecto palpável que, para todos os efeitos práticos, tem apenas uma dimensão. Se trouxermos um fio para fora do plano, entrelaçando à vontade, resultam objectos belos no que são praticamente duas dimensões; e se decidirmos direccionar o nosso fio para fora do plano é acrescentada outra dimensão que fornece uma oportunidade que só é limitada pela extensão das nossas imagens mentais e pelo comprimento de um rolo de corda.
É este espírito de descoberta que inspira os matemáticos.
Fluxos de fluidosNovos estudos de equações que deeterminam fluxos como os da atmosfera em torno do nosso planeta mostram como as partículas se podem deslocar segundo caminhos complicados «enodados». Padrões de nós podem ser vistos nas partículas mais pequenas da vida e no movimento das tempestades à volta de um planeta.
Teoria das cordasA origem da teoria matemática de nós remonta a tentativas de interpretar propriedades dos átomos em termos de «nós no éter». Essa tentativa falhou à medida que novos conhecimentos sobre nós e átomos mostraram que não havia ligação clara entre eles. Desde 1984 uma nova ligação entre nós e a Física Teórica começou a surgir. Deu-se a descoberta de alguns novos invariantes em teoria dos nós. Estes invariantes foram descobertos por Vaughan Jones que trabalhava numa área da Matemática intimamente relacionada com a Física. A sua combinação com aspectos de «teoria das cordas», um ramo da Física Teórica, produziu uma teoria muito rica que pode vir um dia a dar uma descrição unificada das quatro forças fundamentais da Natureza: gravidade, electromagnetismo e interacções fortes e fracas entre as partículas. |